Marca
que mais cresceu no mundo no 1º semestre, Geely chegou a vender 2 modelos no
Brasil entre 2014 e 2016, mas interrompeu operação com a crise no mercado.
Geely mostrou novos SUVs na Argentina, onde abriu uma subsidiária no final de 2016 (Foto: Peter Fussy/G1) |
Em
2018, as importadoras de veículos devem respirar livres com o provável fim das
restrições impostas pelo programa Inovar-Auto, e isso pode abrir caminho para a
volta de marcas. Uma delas é a chinesa Geely, que encerrou as vendas no Brasil
em 2016, depois de 2 anos e apenas 1 mil unidades emplacadas.
"Temos
que agir com segurança agora. Todos falam que o imposto maior (IPI) será
retirado, mas vamos esperar pra ver no papel", afirmou Michael Gao,
diretor comercial da Geely na América Latina.
A
marca chinesa é a que mais cresce no mundo atualmente, com avanço de 84% nos
emplacamentos no 1º semestre do ano, segundo dados da consultoria focus2move.
No
ano passado, as vendas subiram quase 50%, impulsionada por novos modelos e pelo
prestígio de ser a atual dona da Lotus e da sueca Volvo, com quem deve
compartilhar tecnologias cada vez mais.
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"Agora temos também novos SUVs,
que são os mais desejados, e podemos entrar melhor no mercado brasileiro",
disse Gao.
Geely Emgrand GS (Foto: Peter Fussy/G1) |
Nada
de 'baratinhos'
Caso
a nova política industrial para o setor confirme a expectativa, a Geely deve
voltar rapidamente ao mercado, apostando em novos SUVs, em vez do compacto GC2
e do sedã EC7 vendidos em sua primeira passagem pelo Brasil.
Com
desenho assinado por Peter Horbury, ex-chefe de design da Volvo, o Emgrand GS é
um crossover que apareceu no mercado argentino com motor 1.8, de 140 cv, e
câmbio manual ou automático, ambos de 6 velocidades. Na China, há opção de 1.3
turbo.
Geely Emgrand GS (Foto: Peter Fussy/G1) |
A
versão mais completa tem 6 airbags, controle de estabilidade, sensor de
estacionamento, câmera de ré e teto solar. Na Argentina, onde carros importados
são vendidos em dólar, o preço começa em US$ 24.380 (cerca de R$ 78 mil).
Já
o Emgrand X7 Sport tem mais características de SUV e vem com motor 2.0, de 141
cv, ou 2.4, de 162 cv, com tração nas 4 rodas na versão topo de linha, que
inclui sistema de entretenimento com conectividade para smartphones. O preço na
Argentina parte de US$ 31.250 (R$ 100 mil).
Geely Emgrand X7 Sport (Foto: Peter Fussy/G1) |
Questão comercial
A
Geely iniciou a operação no Brasil em 2014 por meio do Grupo Gandini, que
também representa a Kia no país. A interrupção em 2016 criou um desconforto com
os chineses, mas de acordo com Luiz Gandini o contrato de representação no
Brasil ainda é válido.
No
entanto, o diretor da Geely na América Latina não confirmou quem comandará o
retorno. Não está descartada uma operação oficial da marca no Brasil, assim
como foi feito na Argentina, onde as vendas começaram no final de 2016.
Os
veículos podem vir do Uruguai, onde a Geely tem uma parceria para montar
veículos no esquema CKD (em que o carro chega completo, mas desmontado), ou
então diretamente da China.
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"A planta no Uruguai está pronta
para atender o mercado brasileiro quando a situação melhorar", afirmou
Gao.
INterior do Geely Emgrand X7 Sport (Foto: Peter Fussy/G1) |
O
representante brasileiro espera retomar as conversas com a Geely em breve.
"Posso voltar a conversar a partir de agora, com essa nova realidade (para
2018). O que posso dizer é que os SUVs são bem comercializáveis no Brasil,
", afirmou Gandini.
Segundo
Gandini, que também é presidente da associação de importadoras (Abeifa), as
marcas que retornarem deve focar em produtos com maior valor agregado, não mais
nos modelos de entrada.
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"Ficou muito difícil de competir
neste segmento sem ter fábrica no Brasil. Nos SUVs acima de R$ 100 mil já
consegue brigar melhor, mas não vai ser fácil fazer volume porque os carros
nacionais também melhoraram bem", completou Gandini.
Fonte: G1
Quando for trocar de carro, já sei onde comprar o meu multimarcas.
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