Com
acentuada queda nas vendas em relação aos números do ano passado, o mercado de
veículos seminovos, aqueles com até três anos de uso, reagiu levemente em maio.
Com total de 253,1 mil unidades comercializadas, houve acréscimo de 3,5% no
comparativo com as 244,5 mil vendidas em abril.
É
uma reação ainda tímida, mas que sinaliza uma melhoria nos negócios do
segmento. Após registrar queda em fevereiro com relação a janeiro – com
respectivamente 193,2 mil e 220,1 mil unidades –, a venda de seminovos vem
crescendo desde março, quando atingiram 230,6 mil veículos.
No
acumulado do ano, no entanto, ainda persiste forte retração no segmento. De
janeiro a maio foram negociados 1.141.666 seminovos, queda de 50,3% em relação
aos quase 2,3 milhões dos primeiros cinco meses do ano passado.
O
balanço da venda de seminovos e usados em geral, que inclui veículos leves,
pesados e motos, foi divulgado na segunda-feira, 4 pela Fenauto, Federação
Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores.
De
acordo com a entidade, o mercado de seminovos – que no período de crise nas
vendas de zero-quilômetro reagiu positivamente, com altos volumes de venda –
está agora voltando ao seu normal.
O
presidente da Fenauto, Ilidio dos Santos, informa que os seminovos representam
hoje 20% do total de usados negociados no País, índice próximo ao da média
histórica do segmento, que gira em torno de 22% a 24%.
“Pela
sequência de resultados registrados nos últimos meses, podemos dizer que os
patamares tradicionais do nosso mercado estão se consolidando”.
Essa
análise do presidente da Fenauto reflete a movimentação do mercado de usados
como um todo. Enquanto há retração de 50% na demanda por seminovos, outros
segmentos estão com números altamente favoráveis. É o caso dos veículos entre 9
e 12 anos, que no acumulado até maio tiveram negócios ampliados em 75,5%.
Na
média, o mercado de veículos usados registra alta de 3% no ano, com a venda de
5,6 milhões de unidades nos primeiros cinco meses do ano.
Em
maio, com total de 1.224.806 negócios, houve alta de 2,8% sobre abril
(1.191.863), mas recuo de 3,9% no comparativo com o mesmo mês de 2017. Essa
queda, segundo a Fenauto, reflete o impacto da greve nos transportes que afetou
as vendas na última semana do mês.
Fonte: Autoindustria
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