O grupo francês
PSA se prepara para anunciar a compra da Opel da General Motors na
segunda-feira (6), depois de fechar um acordo com a montadora norte-americana e
ganhar a bênção de seu conselho de supervisão para a aquisição.
Logotipos da Opel, divisão europeia da GM, ao lado do leão da Peugeot (Foto: REUTERS/Wolfgang Rattay) |
A PSA,
fabricante de carros Peugeot, Citroën e DS disse neste sábado (4) que concederá
uma entrevista coletiva na segunda-feira com a GM, na qual a transação deve ser
apresentada depois que a Reuters noticiou que um acordo foi acertado entre as
duas montadoras.
Ao adquirir a
Opel, o grupo francês vai ultrapassar a rival Renault para se tornar o segundo
maior fabricante de automóveis da Europa, perdendo apenas para a Volkswagen em
participação de mercado. Somadas, PSA e GM Europe registraram 71,6 bilhões de
euros de receita e 4,3 milhões de entregas de veículos no ano passado.
O acordo foi
aprovado na sexta-feira pelo conselho de supervisão da PSA, sobre o qual o
governo francês, a família Peugeot e a Dongfeng da China estão representados
como acionistas, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
Os porta-vozes
do PSA e da Opel recusaram-se a comentar. As duas montadoras, que já
compartilham alguma produção em uma aliança europeia, confirmaram no mês passado
que estavam negociando uma aquisição da Opel e da subsidiária britânica da GM,
a Vauxhall pela PSA, o que despertou a preocupação com possíveis cortes de
empregos.
Opel/Vauxhall Mokka X (Foto: Divulgação) |
Em seu convite conjunto da entrevista coletiva em Paris às 5h15 (horário de Brasília) de segunda-feira, PSA e GM não deram nenhuma indicação do assunto. Reuniões separadas para a imprensa alemã e sindicatos da Opel devem ocorrer no mesmo dia.
Fontes próximas
às negociações haviam relatado progresso na quinta-feira depois que as
montadoras reduziram as diferenças em um déficit de aposentadoria da Opel de
quase 10 bilhões de dólares e outras questões. O braço europeu da GM
recentemente registrou o 16º ano consecutivo de perdas.
As negociações
haviam encontrado problemas com as exigências da GM de que uma Opel propriedade
da PSA seria impedida de competir contra sua própria linha Chevrolet em
mercados como a China, disseram as fontes.
Mas as questões
de "não-concorrência" foram finalmente resolvidas, já que a GM
concordou em injetar "substancialmente mais" nas pensões do que os 1
bilhão a 2 bilhões de dólares inicialmente oferecidos, disse outra pessoa. As
fontes não deram mais detalhes.
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